Segundo observa Geanderson Bertoldi dos Santos, premiado cinco vezes consecutivas pela revista Panificação Brasileira como um dos melhores padeiros do Brasil, a fermentação natural tem ganhado destaque nos últimos anos, não apenas pelo sabor único que confere aos alimentos, mas também pelos benefícios à saúde. Este processo milenar, utilizado por diversas culturas ao redor do mundo, pode melhorar significativamente a digestibilidade dos alimentos.. Vamos explorar mais a fundo como a fermentação natural impacta a digestibilidade dos alimentos. Leia para saber mais!
Como a fermentação natural melhora a biodisponibilidade dos nutrientes?
A fermentação natural envolve a ação de bactérias e leveduras benéficas que pré-digerem os alimentos, quebrando componentes complexos em substâncias mais simples. Esse processo aumenta a biodisponibilidade de nutrientes essenciais, como vitaminas e minerais. Por exemplo, em pães fermentados naturalmente, a atividade enzimática durante a fermentação pode aumentar a disponibilidade de ácido fítico, que é um inibidor de minerais como zinco e ferro. Assim, os nutrientes se tornam mais fáceis de serem absorvidos pelo corpo.
Além disso, a fermentação natural pode aumentar os níveis de certas vitaminas, como as do complexo B e a vitamina K. Isso se deve à produção de metabólitos benéficos pelas bactérias lácticas, que são frequentemente encontradas em alimentos fermentados. Conforme destaca o chef Geanderson Bertoldi dos Santos, os produtos de fermentação, como o pão de fermentação natural, não só são mais saborosos, mas também mais nutritivos, contribuindo para uma dieta equilibrada e saudável.
Qual é o papel das bactérias probióticas na digestão?
As bactérias probióticas, presentes em alimentos fermentados, desempenham um papel crucial na manutenção da saúde intestinal. Como pontua o chef Geanderson Bertoldi dos Santos, elas ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, promovendo a saúde digestiva e fortalecendo o sistema imunológico. A presença dessas bactérias benéficas pode melhorar a digestão ao aumentar a produção de enzimas digestivas e ao ajudar na degradação de fibras alimentares.
Esses microrganismos também produzem ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que são essenciais para a saúde do cólon. Os AGCC servem como fonte de energia para as células intestinais e têm propriedades anti-inflamatórias. O consumo regular de alimentos fermentados pode resultar em uma digestão mais eficiente e uma melhor absorção dos nutrientes, além de reduzir problemas digestivos como inchaço e constipação.
Por que alimentos fermentados são mais fáceis de digerir para pessoas com intolerâncias alimentares?
Pessoas com intolerâncias alimentares, como intolerância à lactose ou ao glúten, frequentemente encontram alívio ao consumir alimentos fermentados. Durante a fermentação, as bactérias e leveduras metabolizam compostos que podem causar desconforto digestivo. No caso dos produtos lácteos, as bactérias fermentadoras consomem a lactose, transformando-a em ácido láctico, o que torna os produtos como iogurtes e queijos envelhecidos mais digestíveis para aqueles com intolerância à lactose.
Da mesma forma, a fermentação pode reduzir o conteúdo de glúten em produtos de trigo, tornando-os mais toleráveis para pessoas sensíveis ao glúten. Segundo enfatiza o chef Geanderson Bertoldi dos Santos, por meio da fermentação natural, é possível criar pães e outros produtos de panificação que não apenas são deliciosos, mas também mais acessíveis para quem tem restrições alimentares.
Conclusão
A fermentação natural oferece uma série de benefícios para a digestibilidade dos alimentos, desde a melhoria na biodisponibilidade dos nutrientes até a facilitação da digestão para pessoas com intolerâncias alimentares. Conforme ressalta o chef Geanderson Bertoldi dos Santos, a aplicação dessa técnica milenar pode resultar em produtos não apenas mais saborosos, mas também mais saudáveis. Incorporar alimentos fermentados na dieta pode ser um passo importante para melhorar a saúde digestiva e geral.