Quando abrimos uma garrafa de vinho, raramente pensamos na rolha. No entanto, segundo Sidnei Piva de Jesus, esse pequeno detalhe tem um grande impacto na qualidade e conservação da bebida. Isto posto, existem três tipos principais de rolhas: natural, sintética e rosca. Cada uma delas tem características próprias que influenciam no sabor, aroma e durabilidade do vinho. Gostaria de saber como? Ao longo deste artigo, vamos explorar as diferenças entre elas e como escolher a melhor opção para cada tipo de vinho.
O que é a rolha natural e como ela afeta o vinho?
De acordo com o empresário Sidnei Piva de Jesus, a rolha natural é feita a partir da casca do sobreiro, uma árvore típica da região do Mediterrâneo. Ela é a escolha tradicional para vinhos de alta qualidade, pois permite uma micro-oxigenação lenta e controlada. Dessa forma, esse processo ajuda o vinho a amadurecer de forma harmoniosa, desenvolvendo aromas e sabores mais complexos ao longo dos anos.

No entanto, a rolha natural tem algumas desvantagens. Uma delas é o risco de contaminação por TCA, um composto químico que pode causar um cheiro de mofo no vinho, conhecido como “vinho rolhado”. Sem contar que por ser um material orgânico, sua qualidade pode variar, afetando a vedação da garrafa. Entretanto, apesar disso, muitos produtores ainda preferem a rolha natural por sua tradição e capacidade de envelhecimento.
A rolha sintética é uma boa alternativa?
A rolha sintética foi criada para imitar a rolha natural, mas sem os riscos de contaminação por TCA. Assim sendo, ela é feita de materiais plásticos ou compostos de borracha, garantindo uma vedação consistente. Desse modo, por ser mais barata e menos suscetível a defeitos, é uma opção popular para vinhos que serão consumidos em até três anos.
Por outro lado, a rolha sintética não permite a mesma oxigenação que a rolha natural, o que pode limitar o desenvolvimento do vinho em longos períodos de guarda. Ou seja, para vinhos jovens e de consumo rápido, ela pode ser uma escolha prática e eficiente, conforme expõe Sidnei Piva de Jesus.
A tampa de rosca é apenas para vinhos baratos?
A tampa de rosca, muitas vezes associada a vinhos mais simples, tem ganhado espaço no mercado de vinhos premium. Ela oferece uma vedação perfeita, evitando completamente o risco de contaminação por TCA. Além disso, é ideal para vinhos que devem ser consumidos frescos, como brancos e rosés, pois preserva sua acidez e frutosidade.
Tendo isso em vista, muitos produtores de países como Austrália, Brasil e Chile já adotaram a tampa de rosca em seus vinhos. Assim, apesar da resistência de alguns consumidores, ela é uma opção moderna e confiável. Contudo, para vinhos que precisam envelhecer por muitos anos, a falta de oxigenação desta rosca impede o seu desenvolvimento, como informa o empresário Sidnei Piva de Jesus.
Uma escolha que depende do vinho e de você
Em conclusão, a escolha da rolha depende muito do tipo de vinho e do tempo de guarda desejado. Uma vez que a rolha natural é ideal para vinhos que vão amadurecer por anos, enquanto a sintética é uma boa opção para vinhos de consumo rápido. Já a tampa de rosca, antes vista com preconceito, hoje é uma alternativa segura e prática, especialmente para vinhos jovens. Logo, no final das contas, não existe uma resposta certa – tudo depende do estilo do vinho e das preferências do consumidor.
Autor: Dmitry Petrov