MAS perde eleição pela 1ª vez: quem lidera agora na Bolívia?
A Bolívia vive um momento de grande incerteza política após as eleições presidenciais realizadas no último domingo. Pela primeira vez em duas décadas, o Movimento ao Socialismo (MAS), partido que levou Evo Morales ao poder em 2006, está fora da disputa presidencial. O senador Rodrigo Paz Pereira e o ex-presidente Jorge Tuto Quiroga se enfrentarão no segundo turno marcado para 19 de outubro, segundo resultados preliminares divulgados na noite de domingo.
Os resultados eleitorais mostram que Paz Pereira obteve 32,08% dos votos, enquanto Quiroga alcançou 26,94%. O empresário Samuel Doria Medina também conseguiu um bom desempenho com 19,93% dos votos. Na esquerda, Andrónico Rodríguez registrou 8,11 e Eduardo del Castillo 3,14. Além disso, os votos nulos, defendidos por Evo, chegaram a 19%.
A eleição marca o fim da hegemonia do MAS, que foi abalado por disputas internas entre Morales, o presidente Luis Arce e outros ex-aliados. Impedido de concorrer, Evo apoiou o voto nulo e acusou Arce de roubar a sigla do partido. Surpresa da eleição, Paz Pereira, que aparecia apenas em terceiro nas pesquisas, recebeu apoio imediato de Doria Medina.
“Se não chegasse ao segundo turno, apoiaria quem viesse primeiro, se não fosse o MAS”, afirmou o empresário. Quiroga, por sua vez, defendeu a estabilidade econômica e um futuro diferente para o país. “A eleição é a mais importante em 40 anos”, disse ele.
Paz Pereira, que agora lidera as pesquisas, também se manifestou sobre os resultados. Ele afirmou que os bolivianos pedem uma mudança de sistema político. “Nossa sociedade está cansada da corrupção e da ineficiência do governo”, disse ele.
A crise econômica que enfraqueceu o governo é outro tema importante nas eleições. A Bolívia enfrenta inflação acumulada de cerca de 20% ao ano, além de uma taxa de desemprego alta. O país também sofre com a falta de investimentos estrangeiros e a instabilidade política.
A derrota do MAS é um sinal claro de que os bolivianos estão buscando mudanças significativas no país. A eleição agora se torna ainda mais importante, pois as consequências da crise econômica são sentidas por todos. É provável que o próximo presidente da Bolívia seja alguém que possa trazer estabilidade e crescimento ao país.
O Brasil, vizinho da Bolívia, também tem interesse na eleição. A região andina é um importante parceiro comercial do Brasil, e a estabilidade política na área pode influenciar as relações comerciais entre os países. Além disso, a eleição em si reflete a crescente instabilidade política na América Latina.
A disputa entre Paz Pereira e Quiroga agora se tornou ainda mais acirrada. Ambos vão lutar para ganhar o apoio dos bolivianos nos próximos dias. O resultado da eleição pode ter consequências importantes não apenas para a Bolívia, mas também para toda a região.
A Bolívia está prestes a escolher seu novo presidente, e a expectativa é grande. Quem será? Paz Pereira ou Quiroga? A resposta só virá no segundo turno das eleições, marcado para 19 de outubro.