Segundo o empresário Mariano Marcondes Ferraz, para empresas que desejam expandir suas operações para o mercado internacional, entender como funcionam as taxas, tarifas e acordos é fundamental. Esses três elementos exercem influência direta sobre os custos, a competitividade e a viabilidade das operações de exportação. Ignorar ou subestimar sua importância pode significar prejuízo financeiro, perda de mercado ou até inviabilização de negócios no exterior.
Quer evitar surpresas e prejuízos nas exportações? Continue a leitura e domine as regras de taxas, tarifas e acordos internacionais.
O que são taxas, tarifas e acordos e por que eles impactam a exportação?
Antes de qualquer operação internacional, é indispensável compreender o conceito de taxas, tarifas e acordos, pois são eles que determinam as regras do jogo no comércio exterior. As taxas referem-se a cobranças administrativas ou de serviços, como desembaraço aduaneiro, armazenagem e documentação. Já as tarifas são impostos aplicados sobre a entrada ou saída de mercadorias, normalmente usados para proteger a indústria nacional ou gerar receita para o governo. Por fim, os acordos são tratados entre países para facilitar ou restringir o comércio entre si.

De acordo com o investidor Mariano Marcondes Ferraz, as taxas, tarifas e acordos impactam diretamente o preço final do produto exportado, podendo tornar a mercadoria mais competitiva ou menos atrativa no país de destino. Quando um país possui acordos comerciais favoráveis, é possível reduzir ou até isentar tarifas sobre certos produtos, o que representa vantagem estratégica para o exportador. Por outro lado, países com tarifas elevadas ou acordos restritivos podem encarecer a operação e dificultar a entrada de produtos estrangeiros.
Como identificar os custos envolvidos antes de exportar?
O primeiro passo para uma operação internacional eficiente é levantar todos os custos envolvidos no processo. Isso inclui taxas de exportação e importação, tarifas alfandegárias, fretes internacionais, seguros e custos logísticos adicionais. Também é importante considerar despesas com despachantes aduaneiros e serviços portuários, que muitas vezes não são evidenciados nos orçamentos iniciais.
Um erro comum de empresários iniciantes no comércio exterior é calcular o preço do produto considerando apenas o valor de venda e o transporte internacional. No entanto, como destaca Mariano Marcondes Ferraz, há uma série de encargos que podem surgir no trajeto, como taxas de armazenagem, inspeções fitossanitárias e custos adicionais de certificações obrigatórias em determinados países. Ignorar essas despesas compromete o lucro e a competitividade do negócio.
Para identificar todos esses custos, o ideal é contar com a orientação de consultores especializados ou empresas de assessoria em comércio exterior. Além disso, é recomendável consultar as tabelas tarifárias e acordos comerciais vigentes no país de destino, informações que podem ser acessadas em órgãos governamentais ou câmaras de comércio internacionais. Esse mapeamento ajuda a elaborar um orçamento realista e a negociar preços mais estratégicos com clientes e fornecedores.
Quais acordos comerciais podem beneficiar a sua exportação?
Acordos comerciais são instrumentos que visam facilitar o fluxo de mercadorias entre países ou blocos econômicos. Eles podem reduzir tarifas, eliminar taxas de importação e simplificar processos burocráticos, o que representa economia significativa para empresas exportadoras. No Brasil, há acordos importantes com o Mercosul, a União Europeia e países da América Latina, além de participações em tratados multilaterais.
Ao planejar uma exportação, o empresário deve verificar se há acordos comerciais entre o Brasil e o país de destino que possam beneficiar sua operação. Muitas vezes, produtos similares podem ter tarifas de importação de 30%, mas, graças a um acordo, essa tarifa cai para 0%. Como explica o empresário Mariano Marcondes Ferraz, esse tipo de vantagem permite ao exportador ser mais competitivo no preço final e ampliar sua participação de mercado.
Por fim, outro ponto relevante é acompanhar as negociações de novos acordos ou a atualização de tratados existentes. O cenário internacional é dinâmico e, frequentemente, novas oportunidades comerciais surgem ou regras são alteradas. Estar atento a esses movimentos permite que o empresário antecipe estratégias, aproveite incentivos e evite barreiras comerciais inesperadas que possam comprometer seus negócios.
Autor: Dmitry Petrov