A crescente presença da tecnologia no cotidiano escolar tem gerado debates importantes sobre seus impactos na aprendizagem e no comportamento dos estudantes. Nesse cenário, um novo projeto aprovado por comissão legislativa avança com propostas para incluir ações que incentivem o uso equilibrado de dispositivos móveis durante as atividades educacionais. A ideia é ampliar a Política de Educação Digital vigente, integrando práticas voltadas à conscientização e ao convívio social saudável, sem abrir mão dos benefícios que o ambiente digital pode oferecer.
A medida surgiu a partir de sugestões colhidas em encontros com jovens parlamentares mirins, que destacaram a importância de se discutir a influência dos aparelhos eletrônicos no rendimento acadêmico e nas relações interpessoais. Ao propor essa mudança, busca-se oferecer um direcionamento mais claro para as escolas, incentivando um uso moderado e responsável da tecnologia, especialmente dos celulares, que se tornaram parte do dia a dia de crianças e adolescentes.
Uma das estratégias previstas é a realização de atividades interativas, como palestras e encontros, que abordem não apenas o tempo de exposição às telas, mas também os aspectos relacionados à saúde mental, ao comportamento e à segurança digital. Essas ações terão apoio de profissionais especializados, como psicólogos, e contarão com a participação ativa dos pais, fortalecendo a parceria entre família e escola no processo formativo.
O relatório aprovado pela comissão responsável destacou que a proposta não implica custos adicionais relevantes para o orçamento público, pois altera diretrizes de uma norma já existente. Esse aspecto foi fundamental para que o projeto avançasse, visto que novas despesas costumam demandar análises mais complexas e demoradas. Assim, o texto mantém a viabilidade financeira, garantindo sua tramitação sem entraves nesse ponto específico.
Outro ponto que recebeu atenção foi o respaldo técnico oferecido por órgãos de saúde, que consideraram a iniciativa positiva para o desenvolvimento de hábitos mais saudáveis no relacionamento dos estudantes com a tecnologia. O posicionamento ressalta que promover alfabetização digital e abordar temas como ética, etiqueta e segurança online são passos essenciais para formar cidadãos preparados para os desafios do mundo contemporâneo.
Com o parecer favorável, a proposta segue para avaliação de outras comissões, responsáveis por analisar seus impactos nas áreas de ciência, tecnologia, educação e cultura. A expectativa é que, ao final do processo legislativo, as medidas possam ser incorporadas oficialmente às políticas educacionais, fortalecendo a cultura de uso consciente da tecnologia no ambiente escolar.
Paralelamente, a reunião da comissão também aprovou outro projeto relevante, que autoriza a doação de imóveis para um município do estado com o objetivo de ampliar as atividades educacionais locais. Essa medida demonstra a preocupação em investir tanto na infraestrutura física quanto nas práticas pedagógicas, criando um ambiente mais completo para o desenvolvimento dos estudantes.
Ao integrar ações de conscientização digital e investimentos em espaços de aprendizado, o conjunto de iniciativas reforça a importância de pensar a educação como um sistema amplo e conectado. Isso significa que, além de ensinar conteúdos curriculares, é fundamental orientar sobre como lidar com as ferramentas tecnológicas de forma responsável, equilibrando inovação e bem-estar no processo de formação.
Autor: Dmitry Petrov