Conforme o médico radiologista e especialista em radiologia torácica e telerradiologia Gustavo Khattar de Godoy, a telerradiologia tem ganhado cada vez mais espaço na medicina moderna, oferecendo diagnósticos precisos à distância e ampliando o acesso à saúde em diversas regiões. Com os avanços tecnológicos e a crescente demanda por serviços de imagem, a especialidade se tornou uma opção promissora para médicos radiologistas que buscam flexibilidade e alta precisão diagnóstica.
Confira a seguir as principais funções de um médico telerradiologista, os desafios da profissão e os caminhos para quem deseja ingressar nessa área inovadora da medicina.
Quais são as responsabilidades de um médico telerradiologista?
O telerradiologista é responsável por analisar exames de imagem, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, e emitir laudos à distância. Esse trabalho requer um olhar atento aos detalhes, uma vez que a interpretação correta das imagens é essencial para auxiliar no diagnóstico e no tratamento dos pacientes. Como os exames são enviados digitalmente, o especialista deve estar familiarizado com softwares específicos e garantir a qualidade da visualização das imagens.

Além da análise técnica, o médico telerradiologista precisa manter uma comunicação eficiente com os profissionais de saúde que solicitaram os exames. Em muitos casos, ele pode ser requisitado para discutir achados e orientar condutas clínicas, especialmente em situações de emergência. Segundo o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, essa interação garante que os laudos sejam compreendidos corretamente e utilizados para a melhor tomada de decisão em cada caso.
Quais são os desafios enfrentados nessa especialidade?
De acordo com o especialista em radiologia torácica e telerradiologia Gustavo Khattar de Godoy, um dos principais desafios da telerradiologia é garantir a segurança e a confidencialidade dos dados dos pacientes. Como os exames são transmitidos digitalmente, é essencial que os sistemas utilizados tenham protocolos rígidos de proteção, evitando acessos não autorizados e vazamento de informações médicas sensíveis. Além disso, é crucial a implementação de medidas contínuas de monitoramento e atualização de segurança.
Outro ponto de atenção é a necessidade de um ambiente de trabalho bem estruturado. Diferente da radiologia convencional, onde o médico pode interagir diretamente com pacientes e equipes multidisciplinares, o telerradiologista trabalha predominantemente de forma remota. Isso exige uma boa infraestrutura tecnológica, incluindo monitores de alta resolução, internet estável e um espaço adequado para a realização das análises com total concentração.
Além disso, a telerradiologia pode demandar uma alta carga de trabalho, especialmente em serviços que operam 24 horas por dia. Como a especialidade permite que médicos atendam diferentes regiões e até outros países, é comum que profissionais tenham que gerenciar múltiplas demandas ao longo do dia. A organização e a capacidade de manter um alto nível de atenção por longos períodos são habilidades fundamentais para o sucesso na carreira.
Como seguir carreira na telerradiologia?
Para se tornar um telerradiologista, o primeiro passo é a graduação em Medicina, seguida da residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Como elucida o médico radiologista Gustavo Khattar de Godoy, esse período de especialização, que dura cerca de três anos, proporciona o conhecimento necessário para interpretar exames de imagem com precisão e segurança.
Após a residência, muitos médicos optam por se aprofundar ainda mais na área, realizando cursos específicos em telerradiologia. Essas formações complementares são importantes para aprender sobre as tecnologias utilizadas no trabalho remoto, protocolos de segurança digital e boas práticas para a emissão de laudos à distância. Além disso, o especialista pode buscar certificações em determinadas modalidades de imagem, como neurorradiologia ou radiologia musculoesquelética, ampliando suas possibilidades de atuação.